Projeto da Qantas para fazer voos extremamente longos e que tem o Brasil no meio, é atrasado
- Miguel Barbosa
- 11 de mar. de 2024
- 2 min de leitura

Ilustração-A350-1000 Qantas Airways
A Qantas anunciou que seu “Projeto Sunrise” será adiado devido ao atraso na entrega de seus Airbus A350-1000, e que não espera receber os A321 XLR antes de 2026.
O primeiro revés para o Projeto veio com o anúncio de que a entrega do primeiro Airbus A350-1000 seria adiada em cerca de seis meses. Agora, a empresa espera receber a primeira das aeronaves em meados de 2026.

Airbus A350-1000 • Qantas Airways • Reprodução: Internet
O atraso deve-se a exigências regulatórias que indicaram a necessidade de modificar o tanque de combustível adicional. Este tanque, essencial para a capacidade da aeronave de realizar o voo sem escalas de Sydney para Londres, Nova York e São Paulo, está sob escrutínio por não cumprir com padrões específicos de segurança, o que gerou a necessidade de seu redesenho integral, como informa o portal Aviacionline.
Por outro lado, e somado ao atraso no Projeto Sunrise, a Qantas indicou que não espera receber seu primeiro A321XLR antes de 2025. O atraso não é imputável à empresa: é resultado de modificações de design após objeções levantadas pela Agência Europeia para a Segurança da Aviação (EASA), especificamente no que diz respeito ao tanque de combustível traseiro incorporado no modelo. As modificações de design impactaram na autonomia do modelo, reduzindo-a em 200 milhas náuticas (370 km).
O A321XLR é uma subvariante do Airbus A321neo, parte da família A320neo, o maior avião de corredor único produzido pelo fabricante europeu. Ele é projetado para oferecer uma autonomia de 4.700 milhas náuticas (8.700 km ou 11 horas de voo) com um consumo de combustível 30% menor em comparação com aeronaves como o Boeing 757.

Ilustração Airbus A321XLR Qantas Airways
Apesar dos atrasos na entrega, a Qantas confirmou a aquisição de oito A321 XLR adicionais. Isso eleva o número total de A321 XLR para a companhia para 28. Os A321 XLR da companhia aérea terão capacidade para 200 passageiros, 20 em classe executiva e 180 em classe econômica, representando um aumento de até 15% na capacidade sem reduzir o espaço entre os assentos.