Passageiros reclamam da experiência a bordo do Boeing 777 da EuroAtlantic em voos da Azul
- Miguel Barbosa • Brasil Aviation
- 14 de fev.
- 2 min de leitura
A operação do Boeing 777 da EuroAtlantic Airways nos voos da Azul entre Campinas e Lisboa tem gerado insatisfação entre passageiros, especialmente na classe Executiva.
A aeronave, um 777-200ER de matrícula CS-TSX, está sendo utilizada em regime de wet-leasing, onde a EuroAtlantic fornece tanto a aeronave quanto a tripulação, enquanto a Azul mantém a comercialização e o número do voo. Embora sua configuração seja semelhante à do A330-900 da Azul, que opera o outro voo diário na rota, as diferenças na experiência de bordo são notáveis.
O Airbus A330-900 da Azul é um modelo mais moderno, fabricado em 2019, enquanto o 777-200ER em questão foi originalmente entregue à Alitalia em 2004, com sua última reformulação interna feita em 2012. Essa diferença na idade da cabine tem sido um dos principais pontos de crítica por parte dos passageiros.
Entre as principais reclamações estão a sujeira nas poltronas, que apresentam manchas visíveis, e a precariedade de alguns equipamentos. Fotos divulgadas por passageiros mostram suportes de monitores fixados com esparadrapo. Além disso, o sistema de entretenimento é considerado obsoleto, com poucas opções de filmes e séries em português, muitas delas bastante antigas.
O serviço de bordo também tem sido alvo de críticas. Em um dos relatos, uma passageira afirmou que, no momento do serviço de refeição, apenas a opção de massa estava disponível, pois os pratos com frango haviam acabado. Para ela, que está em fase de amamentação, essa limitação na alimentação foi um problema.
Em nota ao jornal português Público, a Azul declarou que "os pontos questionados serão devidamente ajustados" e que a parceria com a EuroAtlantic foi firmada para manter a operação dos voos em meio aos desafios globais de frota e cadeia de suprimentos. A companhia, no entanto, não informou até quando a parceria será mantida nos voos para Portugal.
